sexta-feira, 4 de novembro de 2016

CAPELA DO CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO


Ponto de Partida: Convento de Santo António
Coordenada GPS:

Road Book descritivo: Visita feita a pé

História:
Implantado em local isolado, cercado por vegetação, o convento de Santo António segue as premissas que habitualmente caracterizam as casas religiosas franciscanas, pautando-se todo o conjunto por uma grande austeridade arquitectónica e decorativa. Foi fundado em 1576 (CORREIA, GONÇALVES, 1952), e pertenceu à Província de Santo António dos franciscanos capuchos. Todavia, duas grandes intervenções alteraram a configuração original do convento. A primeira, ocorrida na segunda metade do século XVII e de âmbito eminentemente decorativo, foi responsável pela execução do novo retábulo (ainda que posteriormente alterado), pelas respectivas imagens e ainda pelo púlpito. A segunda, mais alargada, remodelou a arquitectura da igreja e do convento, dotando ainda o templo de um revestimento azulejar e de novos retábulos colaterais. Por fim e já na segunda metade do século XVIII, foram introduzidas algumas alterações nos antigos retábulos, actualizando-os em relação à linguagem rococó.
O convento é antecedido por um portão de remate recortado, que se liga à igreja através de um muro. O edifício conventual apresenta alçados uniformes, abertos por janelas simétricas, e estrutura-se em torno do claustro. Por sua vez, a fachada do templo é rasgada por uma galilé com arco abatido, tal como acontece em grande parte das edificações franciscanas. Sobrepõe-se-lhe a janela do coro, flanqueada por dois nichos com as imagens de São Francisco e Santa Clara e, por fim, o frontão contracurvado é aberto, no tímpano, por um óculo.
Já no interior, de nave única, mantêm-se os retábulos colaterais, de estilo nacional, mas modificados na segunda metade de Setecentos, incorporando, por isso, elementos concheados. Situação semelhente acontece em relação ao retábulo-mor.
Neste conjunto, ganham especial significado os azulejos azuis e brancos, de fabrico coimbrão, e que representam episódios da vida de Santo António. Os da capela-mor são mais antigos (c. 1740) do que os da nave (c. 1750-55), e alguns encontram-se bastante degradados, com falhas consideráveis. Já na galilé, coexistem azulejos datados por Santos Simões de cerca de 1770-80 (SIMÕES, 1979, p. 153) com outros mais recentes, já do século XIX (CORREIA, GONÇALVES, 1952).

(Rosário Carvalho)

IGREJA DE SANTA EUFÉMIA


Ponto de Partida: Castelo de Penela
Coordenada GPS: N 40º 01.866' W 008º 23.433'

Ponto de Chegada: Igreja de Santa Eufémia
Coordenada GPS: 

Road Book descritivo: Visita feita a pé

História:
A primeira referência documental à igreja de Santa Eufémia data de 1254, respeitando a um templo então situado nos arrabaldes da povoação murada de Penela. O edifício actual, resultante de uma reconstrução iniciada na primeira metade do século XVI, é um exemplar bastante representativo da arte da renascença na região de Coimbra.
O corpo da igreja assenta sobre um alto embasamento, vencido na fachada principal por escadaria de dois lances opostos, com patamar intermédio e balaustrada em mármore. A fachada, de linhas tendencialmente verticais, é vazada por elegante portal de verga recta, apilastrado, também em mármore. O portal, epigrafado com a data de 1551, possui molduras e frisos delicadamente lavrados. É flanqueado por dois tondi com bustos salientes, e encimado por grande óculo redondo, sob o pano central da fachada, rematado em empena triangular. A Sul adossa-se a sineira, de planta quadrada, com janelões redondos e coroamento piramidal, e a Norte o corpo da sacristia.

O interior é de três naves com cobertura de madeira, definidas por arcos redondos assentes em colunas toscanas. A capela-mor, acessível através de arco redondo, é coberta por abóbada de meio canhão em quatro tramos, e possui um retábulo barroco, em talha, da época de D. Pedro II, com pintura anódina do século XIX (1837). As restantes capelas conservam algumas imagens interessantes, como uma Nossa Senhora com o Menino, atribuível a alguma oficina coimbrã de finais do século XV, ou o retábulo em pedra de Ançã da capela do Espírito Santo ou do Pentecostes, este de meados do século XVI. De destacar ainda uma pia baptismal, com pé oitavado e motivos decorativos manuelinos, para além do acervo de azulejaria coimbrã, testemunha da produção regional de qualidade ao longo de alguns séculos.

IGREJA DE SÃO MIGUEL


Ponto de Partida: Castelo de Penela
Coordenada GPS:

Road Book descritivo: Visita feita a pé

História:
Erguida no interior do castelo, a igreja de São Miguel é a matriz de Penela.
A mais antiga referência a este templo é o foral de 1137, que refere a existência de uma igreja no interior do castelo. Este primitivo templo em estilo românico foi reedificado em 1420, por iniciativa de D. Pedro, duque de Coimbra, devoto do Arcanjo São Miguel.

A atual edificação é a resultante de uma nova reforma que data da segunda metade do século XVI. De traça simples, ao gosto da renascença coimbrã, é dividida internamente em três naves, separadas por duas arcadas sobre colunas de base octogonal e capitéis em estilo renascentista. A capela-mor conta com talha em estilo barroco, dos séculos XVII e XVIII. Lateralmente ao arco cruzeiro existem dois altares também em talha dourada, da época de D. Pedro II. No da esquerda destaca-se a imagem da Senhora com o Menino, em pedra de ançã, de autoria do mestre João de Ruão, executada por volta de 1530. Nas laterais do templo existem duas capelas abobadadas com arcos também renascentistas.

CASTELO DE PENELA

Ponto de Partida: Castelo de Penela
Coordenada GPS: N 40º 01.866' W 008º 23.433'

Road Book descritivo: Visita feita a pé

História: O Castelo de Penela localiza-se na vila de mesmo nome, na União de Freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal, Distrito de Coimbra, em Portugal. Em posição dominante sobre uma colina calcária, integrava a chamada linha do Mondego, e tinha como função a de guarda avançada de Coimbra, à época da Reconquista. Juntamente com o Castelo de Montemor-o-Velho, constituem o testemunho mais expressivo de seu tipo, do período, na região. De seus muros descortina-se uma bela vista da povoação, e ao longe, a Leste, da serra da Lousã. A origem da sua toponímia é controversa, atribuída por alguns autores a primitivos povos celtas. Uma tradição local refere que, quando da conquista por D. Afonso Henriques (1112-1185), ao penetrar na povoação por meio de um estratagema, o soberano teria incitado os assaltantes exclamando: Coragem! Já estamos com o pé nela!. Parece mais correto, entretanto, compreender Penela como um diminuitivo de penha, local eleito para a primitiva fortificação.
Antecedentes
Acredita-se que a primitiva ocupação da região remonte a povos pré-romanos, especulando-se que a primitiva fortificação do local remonte a uma torre militar romana, com a função de vigia daquele trecho da vizinha estrada que unia Mérida a Conímbriga e a Braga. Embora não existam testemunhos materiais que permitam corroborar essa hipótese, também permanece no plano das conjecturas uma possível fortificação do local à época da Invasão muçulmana da Península Ibérica.
O castelo medieval
A época da Reconquista cristão da península, os domínios de Penela terão sido tomados à época da conquista de Coimbra pelas tropas de Fernando Magno (1064). No ano seguinte (1065) o monarca concedeu carta de povoamento a Penela, já então murada, e a mais quatro povoações da região. No testamento do conde Sesnando Davides (1087), a quem o soberano entregara a administração do condado Conimbricense, afirma-se ter sido o conde a povoar os domínios do Castelo de Penela ("(...) meditatem illis castellis quae ego populavi, Arauz et penella."). Acredita-se que datarão deste período as sepulturas antropomórficas no interior das muralhas, junto às escadas do castelejo. A ofensiva muçulmana que, em vagas sucessivas (1116 e 1117), conquistou e destruiu o Castelo de Miranda do Corvo e o Castelo de Santa Eulália, causando o abandono do Castelo de Soure, integrantes da linha de defesa de Coimbra, terá ameaçado o de Penela. A perda ou abandono de sua posição explicaria a conquista que é atribuída a D. Afonso Henriques (1112-1185), em 1129, embora sem fundamentação documental. As fontes de que dispomos para o período são a Carta de Foral, outorgada pelo soberano em 1137, referindo o "castelo e seus termos", e um instrumento de doação de uma casa "dentro do castelo", com data de 1145. Tais datas colocam em questionamento a conquista de Penela pelo soberano em 1148, como pretendido pelo historiador Frei António Brandão ("Monarchia Lusitana", 1632), improvável também diante do contexto da conquista de Santarém e de Lisboa desde 1147, que empurrara a linha de defesa muçulmana para o rio Sado. Acredita-se que date desse período uma reedificação do castelo pelo primeiro soberano, providência renovada sob os reinados de D. Sancho I (1185-1211) e de D. Dinis (1279-1325), este último responsável pela edificação da torre de menagem e da cerca da vila, que remontam ao início do século XIV. Aqui nasceu (e faleceu) o infante D. Afonso, segundo filho do soberano, que viria a reinar sob o nome de Afonso IV de Portugal (1325-1357), o que atesta a sua importância. No contexto da crise de 1383-1385, tendo o alcaide da vila e seu castelo, o conde de Viana, tomado partido por Castela, um dia, quando saía aos campos a buscar mantimentos, foi emboscado à porta do castelo por populares. Tendo caído da montaria, um deles, que Fernão Lopes denomina como Caspirre, degolou-o. E prossegue o cronista: "os seus, quando o viram morto, fugiram todos, e os da vila tomaram logo voz por Portugal" (in Crónica de D. João I). Posteriormente, D. Pedro, duque de Coimbra, aqui empreendeu grande campanha de obras, quando foram erguidos o paço ducal, e a Igreja de São Miguel, bem como reedificados o castelejo e a Porta da Vila. A vila ganhou ainda Carta de Feira (1433), a ser realizada anualmente no dia de São Miguel (29 de Setembro). A vila e seu castelo foram elevados em 1465 a condado, vindo D. Afonso Vasconcelos e Meneses a ser o 1° conde de Penela. Posteriormente, os domínios da vila passariam para a Casa de Aveiro. Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521), o soberano outorgou-lhe o Foral Novo (1 de Junho de 1514), período em que são promovidas novas obras de reparo em suas defesas. Datará deste período a adaptação das muralhas à pirobalística.
Do terramoto de 1755 aos nossos dias
O castelo alcançou o século XVIII tendo perdido a sua função estratégico-defensiva. O terramoto de 1755 causou a queda da Torre de Menagem(Torre do Relógio) bem como a de uma das portas da cerca. Para a reconstrução da torre, em 1760, foi sacrificada a pedra da terceira porta do castelo. Nesse mesmo século, D. José (1750-1777) extinguiu a Casa de Aveiro, até então senhora dos domínios da povoação e seu castelo. A antiga fortificação chegou ao século XX em estado de abandono e ruína. Encontra-se classificada como Monumento Nacional por Decreto de 16 de junho de 1910, publicado pelo DG nº 136, de 23 de junho de 1910. A intervenção do poder público só se fez sentir, entretanto, a partir da década de 1940, quando se iniciaram diversas campanhas de intervenção de consolidação e restauro, assim como de reconstrução, a cargo da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Desse modo, as muralhas e as ameias foram refeitas, de acordo com os remanescentes, e desmanteladas as casas entretanto adossadas às muralhas. A torre sineira, de construção setecentista, foi apeada. A partir de 1992, e já a cargo do Instituto Português do Património Arquitectónico, procedeu-se à pavimentação dos acessos e da circulação interior do castelo, à limpeza, recuperação e consolidação das muralhas, e a beneficiação do caminho de ronda com a colocação de passadiços que permitem o percurso pedonal na quase totalidade do perímetro. A ocupação desta fortificação resume-se na atualidade à Igreja de São Miguel e à casa paroquial/espaço museológico.
Características
Castelo de montanha, em aparelho de pedra de granito, ocupa uma área aproximada de meio hectare. Apresenta planta com o formato poligonal irregular, orgânica (adaptada ao terreno, com o aproveitamento do escarpado natural), disposta num eixo Norte-Sul, com elementos dos estilos românico, gótico e manuelino. Os panos de muralha têm alturas que varia entre os 7 e os 19 metros, e os seus trabalhos desenvolveram-se em duas etapas construtivas principais: O século XIV, quando foi erguido o circuito das muralhas, onde se conservam quatro das doze torres que a integravam; O século XV, a que pertencem a Porta da Vila ou do Cruzeiro (a Sudoeste) e o castelejo, evolução estrutural da antiga Torre de Menagem. Subsistem ainda a chamada Porta da Traição ou dos Campos (a Nordeste), e os vestígios da Torre de Menagem, da qual pouco mais resta que uma porta em arco pleno e duas bombardeiras. Esta torre remonta a 1300 e erguia-se no castelejo, primitivo núcleo defensivo, reedificado nos séculos XV-XVI. Na cerca de muralhas, que envolvia a vila medieval, rasgam-se as duas portas remanescentes: a "Porta da Vila", em arco pleno, no exterior da qual, em tempo de paz, se começou a estender o arrabalde; e a "Porta da Traição", aberta nos séculos XIII-XIV. Esta apresenta uma dupla abertura em cotovelo integrada numa torre quadrangular, testemunhando a permanência da tradição muçulmana na arquitetura militar portuguesa em fins da Idade Média. Reza a lenda local que, ao tempo da Reconquista, D. Afonso Henriques conseguiu tomar o castelo de emboscada, penetrando por esta porta, aberta pelos defensores para dar de beber ao gado. Esta saída permite contornar o castelo pelo estreito caminho de ronda entre as muralhas e o despenhadeiro de 90 metros, num percurso de onde se desfruta da ampla paisagem envolvente. Por fim, a chamada "Brecha das Desaparecidas" constitui hoje a entrada mais franca na fortificação. Aqui se abria a terceira porta, virada a sul, guardada pela torre quinária, e que ligava o arrabalde mais directamente à igreja. O conjunto conta ainda com uma cisterna de planta quadrangular, escavada na rocha, para a recolha e armazenamento das águas pluviais.

APLICAÇÕES ÚTEIS PARA NAVEGAÇÃO (Não são necessárias, mas ajudam) - GPSTRIP

A Gpstrip é uma aplicação android que podemos descarregar para os nossos telefones (desde que já sejam android), de uma forma muito simples, vamos à play store, procuramos gps trip e aparece-nos logo uma aplicação feita em Portugal, no Porto, pelo João Simões, que se chama GPSTRIP, que vos mostramos aqui a imagem!
Esta aplicação vai vou dar uma contagem de 10 em 10 metros, o contador de cima é para os KILOMETROS TOTAIS, e o contador de baixo é para os METROS OU KILOMETROS ENTRE CORTADAS, cada vez que fizerem Reset o contador de baixo volta a zero, até à próxima cortada que vocês farão novamente Reset, e assim sucessivamente… espero ter sido o mais explicito possível…

INTRODUÇÃO

Chamo-me Carlos Miguel Simões Júlio, sou filho de Fernando Augusto Júlio e Maria Hortense do Carmo Simões Júlio, nasci a 15 de Janeiro de 1972, sou natural da Freguesia de Santa Cruz, Coimbra, mas desde sempre vivi em Penela. Sou casado com Ana Cristina Nunes Simões e deste Casamento surgiram dois Grandes “Tesouros” que são o Rodrigo Miguel Simões Júlio e o Pedro Miguel Simões Júlio. Depois de ter escrito o meu primeiro livro “Não me Canso de Correr”, fui desafiado pelo meu Amigo Carlos Zuzarte a fazer um livro de tudo o que conheço do Concelho de Penela, já estive envolvido em várias Associações do Concelho de Penela, bem como já pertenci a uma Junta de Freguesia do Concelho de Penela. Fazer este roteiro no meu Concelho para todos os Amantes de Automóveis, como é o meu caso, tenho uma larga experiência de longos anos ligado aos Automóveis e por isso quis fazer o meu primeiro Roteiro Turístico neste concelho que tanto Gosto. Tenho que agradecer aqui ao Dr. Mário José Rodrigues Duarte, meu grande Amigo TITO, que quando começamos os dois com este hobby do Desporto Motorizado no ano de 1994, foi ele e com todo o conhecimento de História que têm, por onde passávamos ele dizia-me sempre o que era de que século era, como se tinha formado, etc, etc, chegando até por muitas dessas vezes a dar-me “seca”! Foi graças a ele que comecei depois a fazer este tipo de Roteiro para os Passeios de Viaturas Clássicas! Tenho também que agradecer ao Dr. José Manuel Dias da Paz, também meu grande Amigo Zé Manel, que se farta e se fartou de me aturar, após a saída do Tito do Clube onde nós pertencíamos. Uma palavra muito especial, porque não os consigo enumerar todos, para todos aqueles que directamente sempre lidaram comigo no desporto automóvel, mais concretamente para todos os meus colegas do Clube Automóvel! Espero que com este Roteiro Automóvel, vocês possam disfrutar de muitas coisas que mais de 90% das pessoas do meu Concelho não conhecem, dou como exemplo as sepulturas metamórficas, a Gruta onde foi encontrada a Xorca de Ouro, Estrada Romana, as pontes romanas, entre outras coisas… Uma das minhas paixões foi sempre andar ao lado a fazer Road Book’s, fossem eles descritivos ou técnicos, aqui neste Roteiro está um pequeno exemplo de como é feito um Road Book descritivo, por isso, aconselho a quem vai ao lado para ir com atenção para não se perderem destes locais magníficos. Agradecer finalmente a todos os que contribuíram para que este Projecto fosse uma realidade nas Vossas mãos…